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Ambulatório FSA |
O dia amanheceu nublado e uma chuva ainda caiu na cidade
com o tempo abrindo em seguida. E assim iniciaram-se as atividades no Beco da
Energia tendo no palco o som da Banda Ambulatório FSA, que começou muito bem
chamando a galera pra o velho e bom bate cabeça, ao som de suas potentes distorções
nas guitarras, com um repertório que mostrou músicas já conhecidas do público e
canções novas tais como “Cangaceiro”, como também releituras de artistas
consagrados a exemplo de Chico Science.
De acordo com o vocalista da Ambulatório FSA, Tiago
Sant’Anna, tocar no Beco da Energia é importante por conta da exposição para um
público diversificado, como também e por causa do encontro entre as mais
diversas linguagens artísticas que acontecem simultaneamente aos shows. Vale ressaltar
que o cachê que a banda angariou nessa apresentação foi doado para a AAPC – Associação
de Apoio à Pessoa com Câncer, em Feira de Santana e sobre esse gesto o
vocalista mostrou a satisfação e o compromisso da banda em dar essa
contrapartida social. “A gente tá com
essa proposta de todo cachê público, encaminhar pra uma instituição de
caridade... Esse, a gente vai tá doando pra AAPC, o baixista da gente foi no
local e passou um dia lá vendo como é a situação do pessoal... Aproveitar para
fazer aqui um aviso: Quem puder ajudar, eles precisam muito de leite e café,
que puder chegar, fica aí o recado. E é isso aí, estamos fazendo a nossa parte,”
enfatizou Tiago.
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Neto Souza - Workshop de máscaras |
Dentre os workshops destacamos o de máscaras com o
artista Neto Souza, que foi um sucesso
absoluto, despertando o interesse da maioria do publico durante o dia inteiro.
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Marcio Punk Show |
A segunda atração a subir no palco foi “Marcio Punk Show”,
que após três anos longe dos palcos voltou à cena musical. Com o visual
inusitado de sempre e uma banda com energia fora do comum, o Punk atendeu às
expectativas e fez o Beco sacudir e relembrar músicas conhecidas do público
alternativo desde os tempos das bandas Filhos da Erva e Os Nó Cego, como também
músicas novas e releituras diversas. Um momento que merece destaque foi do meio
pro final da apresentação que Marcio convidou os cantores do Grupo Roça Sound,
Paulo Bala e NickAmaro MC, para uma participação especial, onde eles cantaram e
agradeceram por toda movimentação no Beco da Energia desde a primeira
intervenção, ressaltando os artistas que abraçaram o projeto e o público que
entendeu a proposta e se fez presente dando um brilho fundamental aos eventos.
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Bié dos 8 Baixos |
Em seguida quem fez o Beco da Energia cair no forró foi
Bié do 8 baixos, que acompanhado por triangulo e zabumba e ainda com a
participação especial do percussionista Bel da Bonita, mostrou porque tem sido
destaque na música popular local e tem chamado à atenção de toda imprensa e do
público feirense nas apresentações que faz semanalmente no centro de
abastecimento. Bié fez o que podemos chamar de um verdadeiro espetáculo, uma
vez que, mesclou o tradicional forró pé de serra com samba, irreverência e
criatividade. Com isso arrancou elogios do público. “Muito interessante a proposta musical dele. Não sei se samba, não sei
se forró. Só sei que é muito gostoso e envolvente o ritmo. E foi assim que ele
contagiou a todos aqui no Beco com seu forró irreverente e bem sambado!”
elucidou a professora e produtora cultural Hely Pedreira.
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Dr. Ed |
E seguindo o clima do arrasta pé, quem também contemplou
o clima junino foi o Dr. Ed, cantando grandes clássicos do forró nordestino e
interagindo com o público a ponto de criar-se uma grande quadrilha com direito
a túnel e caracol que saiu dançando ao longo do Beco e contagiando geral.
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Piza o Movimento |
E fechando as atividades não só do dia, como também do
primeiro semestre, o publico curtiu o show do cantor, compositor e violonista,
Piza O Movimento, artista no qual não cabe rótulos e nem definições, Piza é o
que podemos chamar de um artista autêntico, como muito bem enfatizou o
apresentador, Elsimar Pondé, ao chama-lo ao palco para a apresentação, este contou
com dois momentos.
No primeiro ele subiu ao palco levando o seu violão de
três cordas acompanhado por um violinista e de maneira mais que inusitada ele
começou chamando quem estivesse afim assumir o backing vocal do show, o que
aconteceu ao intervalo de cada canção, quando Piza anunciava “Há Vagas, há
vagas... Se tiver outro baterista e outra backing vocal afim de fazer esse som
comigo pode subir aqui”, assim o artista transformou seu show numa Jam.
No segundo momento assumiu o velho e bom Piza conhecido
de todos acompanhado apenas do seu violão três cordas, cantando letras
inteligentes que retratam a cidade de Feira de Santana de maneira reflexiva
como é o caso de “Sexta-Cheira”, que foi cantada por Piza e acompanhada em coro
por todo Beco.
Todas as atividades do movimento O Beco é Nosso são
realizadas pelo Coletivo do Beco e tem o apoio financeiro do Fundo de Cultura,
Secretaria da Fazenda, Secretaria de Cultura e do Governo da Bahia.
Fonte: Assessoria O Beco é
Nosso.